27 de dez. de 2008

RIOS + LICENÇAS = DRAGAS - CHEIAS ...

Olá amigos . . . Deveria ser assim, como vemos aí em cima. Rios, mais licenças, igual a dragas, menos cheias. Isso para que sempre tivéssemos assegurada a contínua e boa condição para vazão das águas. O que só deixaria de acontecer, diante de um fenômeno da natureza, por certo explicável e compreensível. Rios sem dragagens, viram rios sofredores que clamam por um serviço de dragagem ou limpeza executado de forma alternada mas permanente. Rios sem êsse cuidado, vivem mal e "falam" dêsse mal-estar às populações ribeirinhas e às autoridades. Essas, principalmente, que deveriam entender o "preste atenção" dos rios, parecem ser exatamente as que menos entendem, ... ou fazem de conta. Êles mostram aberta e claramente aos olhos de quem quiser ver, a forma inumana como são tratados por gente que afogada na inconsciência de seus atos, insiste em lançar no rio mais próximo, além de lixo e dejetos, também coisas absurdas, inacreditaveis. Nossos rios permanecem no abandono em que foram largados e subsistem de mal a pior entulhados de porcarias. E ninguém faz NADA ! Se alguém fazer tremular por aí, em algum lugar, a bandeira de um mutirão com a participação da comunidade para limpeza de rios tem, desde já, nosso voto contrário. Lamento, mas não farei parte da iniciativa que entendo louvável, mas errada. É bem porisso que nossos rios sofrem. É só o que falta mesmo ! Marmanjos absolutamente inconsequentes e irresponsáveis e até crianças desorientadas"inundando" os rios de garrafas e latas de todo tipo, pneus, armários e sofás inuteis, pias quebradas, cacos de vidros, recipientes e sacos plásticos, produtos tóxicos, animais mortos, etc... e nós todos, colegiais, ongs, associações de bairros, comunidades religiosas e tantos quantos de forma voluntária saem em defesa da vida, nos reunindo de tempo em tempo em "mutirão" para combater e desfazer os incriveis atos de vandalismo cometidos contra a natureza e a vida com cruel e absurda inconsciencia, como se isso fôsse coisa "natural", sem importância alguma e até divertida. E lá vamos nós "esgotar" dos rios a"inundação" de lixo nêle acumulada. Mas estejamos certos. Logo, teremos que repetir o esfôrço coletivo. Mas isso tem que acabar ! Limpar, desobstruir, margear, e aprofundar rios, é coisa de govêrnos e de dragas. Elas, aliás, estão aí para isso. É só chamar e enquadrar o serviço nos dispositivos de lei controlados pelas instituições ambientais e pronto. Daí prá frente, é com as dragas. Quanto a educar para o meio ambiente, é coisa de famílias, pessoas conscientes, igrejas, sindicatos e demais instituições, além de organismos estudantis, imprensa em geral e, é claro, do meio político e dos governos.Temos conhecimento de casos em que os maus tratos foram e tem sido tão impiedosos que espécies marinhas morreram e seguem morrendo aos olhos da indiferença humana. Rios que antes convidavam a felizes pescarias, são hoje desvalorizados, depreciados, tidos como objetos de degradação pública. O estado de penúria pela concentração de impurezas é tão grande que chega a exalar e estender por suas margens um incontido e irrespirável odor capaz de causar inquietude, repulsa e desejo imediato de afastar-se do local. Que tristeza ! Ontem, queríamos proximidade. Hoje, quanto mais longe melhor. O mutirão que falamos pouco antes, é coisa que só deveríamos motivar e praticar, não específicamente para evidenciar NOSSA responsabilidade para com a natureza, mas para mostrar e provar, isto sim, a IRRESPONSABILIDADE e até, perdoem... os sintomas de insanidade humana que revelam-se nas toneladas de entulhos atirados em nossos rios que, absolutamente, EM NADA se parecem com monturos onde devem ser depositadas dejeções, imundícies e lixo de toda ordem. Às gerações que crescem agora, AULAS de respeito, amor e cuidado para com o meio ambiente, ao invés de convites para "mutirão de estudantes". Os insanos seguem maltratando e destruindo. Os conscientes, crianças, jovens e adultos, seguem lutando no serviço de reparação aos estragos repetidos por anos e anos. Temos em nossa avaliação bem modesta e que não é definitiva, nem especializada, UMA alternativa. Insistimos nela: SÓ a educação ambiental a partir da própria casa, passando pelas escolas, demais organismos e continuando em textos promocionais educativos nos veiculos de comunicação social, poderá ajudar e muito, na formação de mentalidades protetoras e não destruidoras, construtivas e não destrutivas. Pela seriedade do assunto, permita-nos, vamos enfatizar: Isso tem tudo a ver com administrações, com govêrnos, homens públicos, escolas, faculdades, empresas. Mas,... e as dragas ? Alguns de nossos rios, caso repentinamente sejam surpreendidos com a visita de uma delas, poderão secar de susto. É que recentemente houve uma audiência pública imposta pelas últimas cheias em Joinville e nela, na audiência, pasmem os amigos, os próprios órgãos ambientais acabaram confirmando que nos últimos anos, NINGUÉM pediu licença para serviços de dragagem. Mas tem um aspécto QUE É LEGAL e que pouca gente conhece. Porém, quem precisa mesmo conhecer são os setores ligados a administração pública, que tem suas responsabilidades extensivas até a consideração, respeito e cuidados para com os rios do município. Há, antecedendo ao fornecimento da licença para os trabalhos de dragagem nos rios, uma lista que vai desde os estudos de viabilidade técnica e econômica do serviço, até o relatório de impacto ambiental, entre outros ítens indispensáveis. Há, ainda, a situação local de alguns rios para outros quanto às suas realidades hidrográficas. Como se isso não bastasse, é preciso manter um serviço periódico de dragagens, em razão do rápido volume de terra que vai enconstando e acumulando ao longo do leito dos rios. Êsse é, por exemplo, o quadro em que aparecem os rios do Braço e Águas Vermelhas. Num primeiro instante, conhecendo os detalhes técnicos de um e de outro, a solução aparente seria retirar as familias que se encontram nas áreas onde os alagamentos são mais constantes. Essa conclusão, entretanto, é bem mais complicada que a própria dragagem. Logo, melhor suprir as exigências legais no tempo que for preciso e iniciar e manter em períodos alternados necessários os serviços de assistencia e manutenção dos rios, aumentando a profundidade e melhorando a vazão das águas. Segundo familias visinhas ao Rio Águas Vermelhas, se a fórmula rios + licenças, igual a dragas, for mantida, as cheias (caso voltem), não subirão como da última vez... esperam... confiantes ... O que você acha ? Se quiser, por gentileza, faça seu comentário sobre tudo o que expusemos aí em cima... Grato !

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