31 de mai. de 2009

O "OUTRO" HOSPITAL "2" - (Dos Corredores)

Olá amigos . . . Estamos de volta ao "outro" hospital. Àquêle dos corredores. No texto depois do assunto do SVO que está na sequência, ... discorremos sôbre duas realidades contrastantes com às quais convivemos em Joinville/SC. As fotos daquela matéria são reais mas não são de Joinville. São ilustrativas. Mostram dramática e tristemente o despreparo e a fragilidade da saúde pública em nosso país. Isso, numa visão. Em outra, vemos na confirmação de cada linha, um panorama hospitalar bem diferenciado que abre as portas para um ambiente arejado, limpo, de quartos bem montados e equipados, com leitos de qualidade, reguláveis e com médico ao lado do paciente. Êsse é o hospital do plano privado de saúde. Quem tem ($), "tá bem", quem não tem "tá mal". Com o plano, podemos ficar nêle. Sem o plano, só no outro... se tiver vaga. Não tendo, a extensão para internamento é o que vemos aí ... os corredores ...

É isso mesmo ! Na impossibilidade de um quarto enquadrado no plano público de saúde, SUS, o que surge como alternativa é o já famoso "corredor" hospitalar. Olhe essas fotos. São documentos captados no final da segunda quinzena de maio/09 nos corredores do hospital São José de nossa cidade, pela Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, presidida por Juarez Pereira, do PPS. Compare essas fotos com àquelas de outras cidades mostradas no texto "1", sôbre o mesmo assunto. A semelhança que constatamos, não deixa dúvidas: A saúde pública por todo o Brasil pede socorro ! Enfêrmos, febris, acidentados, debilitados e desassistidos, os brasileiros buscam persistentes e esperançosos alguns instantes de atenção médica, a realização de exames e, se possível, (o que quase sempre não é), um necessário internamento e tratamento para recuperação da saúde combalida.

Essa situação que se arrasta faz tempo, por todo lado, tem fortalecido não exatamente as pessoas doentes e fragilizadas, mas a eloquência dos palanques eleitoreiros. Ela, essa eloquência bonita e bem popular, com cara de "trabalhadora" e astutamente arranjada à cada campanha política, fala da dramaticidade dêsse calvário e faz ecoar com otimismo bem pintado e emoldurado, a certeza de que, vencendo e governando, TUDO vai melhorar, ... a começar pela total reformulação e melhoria da saúde pública que terá investimentos vigorosos em hospitais, prontos-socorros, postos de saúde, médicos, consultas, exames, remédios, blá, blá blá ... e tudo o mais que precisar. Pode anotar para não esquecer: Ouviremos isso de nôvo ! Mas ... "só vai dançar, quem é dançarino". Em nossa cidade, Joinville, numa das tantas entrevistas do prefeito Carlito Merss (PT) e de nôvo sendo inquirido sôbre a "doença" da saúde local, êle respondeu de pronto e sem rodeios: O problema da saúde pública é GESTÃO (pública). Quer dizer, ... mau govêrno da coisa pública. Ou, para "clarear" de vez,... administração ruim. Ou, ainda ... Incompetência ou ausência do tirocínio imprescindível para destinação correta e fiscalizadora de recursos que possam gerar melhorias nas ações dos setores de saúde sob a responsabilidade do município... Ufaaaa. É tudo isso aí ! Mas é ! Vamos olhar fotos mais uma vez. Essas que aparecem agora, estão mostrando equipamentos de hospital.

Êsse é o quarto andar do Hospital São José. O que vemos aí, tá "zerado". Isto é, sem uso até agora. Aí tem, prá quem quiser ver, materiais ainda encaixotados e também desencaixotados. Por enquanto sem utilização alguma. Observe o espaço ambiental. Percebeu ? Tudo pronto, tudo nôvo, tudo parado. A gestão citada antes, está nisso aí. Aqui, do lado de fora, talvez em razão das "conversas circulantes", acabamos pensando e acreditando que no tradicional hospital joinvilense não há espaço para mais nada. Mas como vemos nas fotos sobrepostas, a situação não é bem do jeito como muitos pensam. Ainda assim, talvez não exista mesmo em toda área construida do hospital, um espaço bom e disponível que possa permitir a instalação de um importante aparato funcional que o complexo possui e que (salvo atitude recente), segue como se fôsse "coisa nenhuma", num depósito nos fundos da área hospitalar, imperdoavelmente encaixotado e praticamente esquecido.

Trata-se de uma lavanderia completa que, ativada, poderia com o valor fruto da economia consequente, propiciar a condição de adquirir materiais e acessórios de utilização contínua no hospital, melhorando as condições de trabalho e atendimento. Enquanto isso continua assim ... E NINGUÉM FAZ NADA, o Hospital São José que enfrenta tanta luta e tanta dificuldade por causa da escassez de dinheiro, vai lutando e pagando ... E PAGANDO BEM, ... para lavar as roupas de cama, entre outras, numa emprêsa da cidade de São José dos Pinhais/PR. Considerando, todavia, o anúncio de uma gestão diferenciada na saúde pública municipal, é interessante conferirmos a mudança que por certo já deveria estar dando sinais de sua chegada, mas não está. Ainda aguardamos a confirmação do que até aqui, é só uma perspectiva. Sendo assim, o que nos resta é esperar. Fazer o que ! Mas há uma pergunta: ... ATÉ QUANDO ? ...

E.T. - O homem na foto, aí em cima, olhando e pensando, é o Presidente da Comissão de Saúde, vereador do PPS, Juarez Pereira. (O que será que tá passando na cabeça dêle ?) . . .

30 de mai. de 2009

- SVO = SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITO

Olá amigos . . . Diante de alguns fatos que exigem a prestação de serviço do setor conhecido como SVO, fomos buscar informações pertinentes. Ficamos sabendo que,uma vez notificados, os profissionais lotados nêsse organismo de serviço público, devem deslocar-se de seu ponto de origem funcional, até o local onde sua presença é solicitada. Isso ocorre quando alguém com ou sem socorro algum é acometido de um mal súbito, não resiste, morre e precisa ser removido para o IML. O mesmo vale para falecimentos em casa de pessoas enfêrmas ou, como mencionamos antes, vítimas de algum mal repentino e fulminante. Tivemos vários casos assim. Os corpos ficaram horas e horas sob o olhar de incredulidade e indignação de tantos quantos acompanharam êsses momentos tristes, inadmissíveis e lamentáveis. Os pontos de atendimento imediato à população, quando informados sobre os fatos dessa natureza, descartavam o chamado para deslocamento alegando não ser essa a finalidade funcional de cada um. E assim, o corpo continuava lá, ... estendido no mesmo local por várias e angustiantes horas. Às vezes em casa, em outras numa área livre, quintal ou via pública, coberto com lençol ou jornais. Não tínhamos um SVO. E é dêle a responsabilidade de recolher e conduzir o corpo para o exame especializado que determinará e atestará a causa da morte, liberando em seguida para a família que autorizará as providências finais à agência funerária.

Diante da inexistência do serviço segundo os dispositivos legais, a alternativa era solicitar o auxilio de uma das funerárias da cidade que, por sua vez, encaminhava um carro ao local do acontecido. Dali o corpo seguia quase sempre ao Pronto Atendimento ou, quando não, ao IML onde, de nôvo, permanecia aguardando a chegada do médico legista para exames e liberação à familia (e parece que ainda é assim...). Sem dúvida, o SVO fazia muita falta. O povo insistia na instalação dêsse serviço na cidade de Joinville, ... E NADA acontecia. A imprensa, ... televisão, rádio, jornal, mostrava o clamor popular, falava e escrevia a respeito, ... E NADA ! A vereadora Tânia Eberhardt (PMDB), sensibilizada, preparou e defendeu em 2008 na Câmara de Vereadores, a ativação dêsse trabalho público em Joinville. E até por essa razão e para "administrar" a pressão e inquietude popular, o govêrno que saiu chegou a fazer o anúncio da instalação, finalmente, de um SVO. E fez mais: Informou que embora tendo iniciado seus trabalhos num lugar, o SVO seria transferido para outro, onde, é claro, ficaria ainda mais "eficiente". Porém, determinado a fazer do SVO joinvilense um primor funcional, reconsiderou a mudança que já havia acontecido e decidiu trazê-lo de volta ao local onde iniciou. Ao que nos consta, no subsolo do Hospital São José. Isso mesmo ! No subsolo. É onde êle está ! Acessibilidade complicada. Com escada externa em concreto e corrimão de ferro. Nas fotos vemos a descida para chegar ao SVO.

No dia 25 de fevereiro de 2009, a vereadora Zilnete Nunes Sulim, (PP), foi a primeira a voltar sua atenção para o SVO quando decidiu inquirir o executivo sobre todas as condições em que estaria funcionando esse setor ligado ao sistema de saúde do governo municipal... Foram ONZE perguntas formuladas. Dia 17 de abril de 2009 a Secretaria de Saúde via executivo, encaminhou a resposta à cada questionamento. A impressão era de que tudo deveria estar caminhando bem, sem comprometimentos, dificuldades, problemas. Mas era só impressão.

Para um organismo como esse, durante muito tempo esperado e que foi inaugurado não faz sequer UM ano (11/08/08), e que AINDA tem o processo para sua legalização funcional tramitando na Secretaria Municipal da Saúde, é absolutamente absurdo e inaceitável, o que foi constatado e fotografado pela Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, através de seu presidente vereador Juarez Pereira (PPS) e do vereador Joaquim A. dos Santos (quinzinho/PMDB), e cujas fotos estamos mostrando aqui. Observem: Para o trabalho no cadáver, uma faca comum, de cozinha. E mais: Sem equipamento de aspiracão, utilizam para retirada do sangue, uma CONCHA (também comum, de cozinha). A iluminacão não existe. O acesso é quase zero. Profissionais que atuam no local, insalubre, não tem adicional em seus salários. E trabalham em sistema de 24 horas (esta informação precisa ser confirmada).

No ambiente não há mobília para descanso ou para espera em ala independente que nem existe. Passam a noite ali mesmo, junto aos corpos em exame. Tem catres obsoletos e macas vencidas no tempo, superadas e ridículas. O local precisa de uma balança. E tem. Uma minúscula balança doméstica emprestada por alguém, em razão da necessidade e da “pobresa” ambiental. Coisa inacreditável e tétrica é saber que, havendo no ambiente, algum corpo para ser ou sendo examinado e caso cheguem familiares, o atendimento quem faz é o próprio profissional do SVO que interrompe seu trabalho no cadáver e com avental manchado de sangue vai lá fora atender a família que angustiada espera informações. Atendimento frio, insensível, desumano ...

Outra barbaridade ! O SVO , o local onde permanecem os cadáveres, incluindo àqueles encontrados alguns dias após o falecimento, fica imediatamente no andar abaixo da cozinha geral do hospital. Mais uma barbaridade ! Quando a chuva chega intensa, a sala fica alagada e o esgoto retorna trazendo para o ambiente sangue e também gordura humana. Uma situação agressiva, inimaginável, de pasmar e que desafia nossa credulidade. Para um SVO que iniciou não faz UM ANO em nossa cidade estar nessa condição deplorável, é de se perguntar: AFINAL, O QUE É QUE INAUGURARAM NO DIA ONZE DE AGOSTO DE 2008 ? Para que tenhamos, de fato, uma coisa identificada com a modernidade que vivemos, precisamos de um prédio próprio (como o exemplo abaixo) e boas condições para esse trabalho.

Precisamos de equipe completa e reconhecida profissional e salarialmente. Precisamos de viatura, telefones, internet, macas DECENTES, sala de espera para familiares, local de descanso para os profissionais do setor e banheiro exclusivo, sabões, sabonetes, toalhas, ROUPAS ADEQUADAS, luvas, instrumental completo para o serviço e demais produtos indispensáveis às necessidades funcionais, desinfetantes, desodorizantes e todo o material necessário e imprescindível para o mais perfeito serviço de limpeza e higienização. Precisamos isso tudo e mais, quem sabe, ... para que, de fato, tenhamos finalmente toda estruturação necessária para um Serviço de Verificação de Óbito (SVO) à altura de nossa cidade e com o qual não tenhamos que nos indignar e nem tenhamos, finalmente, do que nos envergonhar. Mas assim como está, não pode continuar !
E.T. A primeira (simulação) e as duas últimas fotos, são ilustrativas. As demais, imprensa, vereadora Zilnete Nunes, dependências do SVO e vereadores Joaquim A. dos Santos (cam. azul) Juarez Pereira (cam. clara).

8 de mai. de 2009

O "OUTRO" HOSPITAL - (Dos Corredores) -

Olá amigos . . . Além daquêle outro hospital lembrado como "força de campanha" no caminho das últimas eleições e futura obra de prioridade em muitas cidades deste país, lembremos que nós, por aqui, já temos e faz tempo, um triste e dramático hospital instalado e crescente que funciona à parte, DENTRO de um tradicional hospital e em situação lamentável, deprimente. É o dos corredores". O "outro" hospital. O que mostra essa realidade constrangedora, são pessoas doentes ocupando cadeiras e macas (quando tem), pelos corredores e ao longo das paredes ou mesmo possíveis e pequenos espaços pelo chão. Por ali permanecem do jeito que dá em situação de absurdo desalento e inacreditavel insensibilidade.

O atendimento, embora assim, em condições que ninguém quer mas que são as únicas, revela a decadência de um sistema que vai rumando para o inadmissível. A penúria ! Não dá prá olhar tal quadro sem sentir um irrefreável misto de indignação e tristeza. Isso nos induz a um pensamento: Temerário demais é ficar, hoje, sem plano de saúde. Muita gente tem... muita gente não tem. No segundo caso, não é difícil compreender que o impedimento, em sua maioria, tem motivação financeira. Só que nosso povo TEM PLANO DE SAÚDE BOM E EM PLENA VIGÊNCIA e parece não perceber. O SUS É UM PLANO DE SAÚDE. Isso mesmo. O Sus não é favor. É UM DIREITO !

E em se tratando de disposição superior, constante da Carta Magna da Nação para governantes e governados, o quesito SAÚDE e suas disposições constitucionais e legais teria que merecer melhor atenção dos legisladores e administradores eleitos pelo povo para que fôsse, de fato, cumprido na letra da lei. Arriscamos crer que, se assim fosse, os recursos seriam corretamente aplicados, servindo bem o setor e melhorando em muito o atendimento à população por todo o país. Só assim daria prá imaginar que o plano de saúde do govêrno federal entregue ao cidadão não seria o que tristemente é hoje. No título VIII da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, no capitulo I, artigo 193 nós lemos que... "A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social"... Já o artigo 196 diz que... "A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".

Se toda essa maravilha não estivesse apenas na constituição mas, sobretudo, em nossa vida, não teríamos que rumar com grande esfôrço para qualquer outro plano de saúde. Logo, ainda que poucos tenham alcançado o entendimento pleno do assunto, o que estamos dizendo é que, o trabalhador e sua família, mesmo o mais simples e humilde, tem, assegurado, constitucionalmente, o direito de ser atendido, medicado e assistido assim que precisar recorrer a um ambulatório, pronto-socorro ou hospital. Nêles, ou nos postos de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), atendentes, integrantes do quadro de enfermeiros ou mesmo médicos não poderiam nem podem, em momento algum, dar ao beneficiário (contribuinte) e aos seus, um tratamento que mais parece um "favor" do que um dever de ofício. Se o atendimento respeitoso não puder acontecer por indução natural, por formação educativa familiar,... há que acontecer, quer queira ou não, na educação e cordialidade exigida à luz da lei. E nem estamos lembrando aqui e em detalhes, a injustificada falta de medicamentos, acessórios médicos e instrumentos para atendimento inclusive cirúrgicos.

Quanto à acolhida ao contribuinte e o relacionamento, felizmente, embora poucas, existem exceções carregadas de bondade e ternura. Essas, entretanto, não conseguem mudar o quadro desolador que se vê todos os dias nos corredores e em determinadas "alas ou salas de observação" dos hospitais, onde pacientes ficam durante horas ou até um, dois, três... ou mais dias. Alguns permanecem ali, "acomodados" em macas, bancos, cadeiras comuns ou de rodas, sem um mínimo de confôrto, embora doentes e debilitados. Dividindo o mesmo espaço, estão crianças, jovens, pessoas de meia-idade e idosos. Uma situação deprimente que deveria ser inadmissível, inaceitável. Sobretudo porque, afinal, o SUS não é outra coisa senão um plano de saúde PAGO "na fôlha" pelo trabalhador. O que êle (o trabalhador) espera e tem o direito de receber é, no mínimo, um atendimento digno e respeitoso. Mas o que encontra, nada tem a ver com sua expectativa. Ressalvando as já lembradas exceções, êle se depara com funcionários indiferentes, insensíveis, contrariados, cansados, estressados... de mal com o mundo. Essa postura, felizmente não generalizada, tem origem na maioria dos casos, no incessante corre-corre diuturno, nas restritas condições de trabalho e, por extensão, nos salários sempre aquém do justo e desejado. Poucos médicos, falta de medicamento, gaze, esparadrapo, quarto, leito, travesseiro, lençol, coberta, entre outras necessidades, também influem no agastamento geral. A demora e a precariedade no atendimento, acaba superando em certos dias e momentos, os limites do suportável e um ou alguns descontrolam-se, protestam com veemência e esbravejam dando vazão ao seu inconformismo. A maioria, porém, curva-se aparentemente resignada diante do absurdo que agride e fere.

Mas, por outro lado, muita gente sofrida temendo o pior, admite a exclusão e submissa fecha-se num silêncio apertado e difícil. E assim, queda-se debilitada, vencida. Aceita "O OUTRO HOSPITAL", ... uma espécie de hospital número dois. O dos corredores,... dos aparentemente SEM DIREITOS, desfavorecidos. Só aparentemente. Porque que não é verdade ! Não dependem de favor ! ÊLES TEM DIREITOS. E neste caso, direito à saúde, assegurado na legalidade e na imposição da lei. Mas dirigentes de hospitais, políticos, entre outros,... indiferentes e frios, parecem esquecer ou desconhecer essa realidade. E seguem assim. Foi daí que surgiu "O Muro da Insensibilidade" ou "A Linha da Separação". Quem pode,... prá lá... Quem não pode,... prá cá. E assim, não muito distante deste ambiente, temos quartos de bom padrão, limpos, arejados, com leitos regulaveis, bons colchões, travesseiros, lençóis e fronhas cheirando higiene e cuidado, sobre-lençol, cobertores, mesa de cabeceira, acomodação para acompanhante, banheiro completo limpo e esterilizado, frigobar, TV e ar condicionado, viisitas médicas no tempo regulamentar... uma maravilha ! Parece um outro mundo, para um outro povo. E pior que é !

Vamos confirmar: Embora não pareça, porque poucos explicam, O SUS É UM PLANO DE SAÚDE... diferente,... (por causa do atendimento e serviços na maioria dos casos),... MAS É ! Os planos de saúde organizados, administrados, bem cobrados, MAS QUE FUNCIONAM, nasceram daí. NÃO DO SUS, que em sua essência é coisa boa. Mas da desatenção e omissão para com êle. Uma gestão, de fato, austera e competente na pasta da saúde no país, faria do SUS nosso maior orgulho. O sistema clama por uma grande cirurgia reparadora, milagrosa. Mas, mesmo a contra-gôsto, admitamos: Assim como é,... por todo o país tem servido o povo. Do jeito que pode. Do jeito que dá. Mas tem... Há, portanto, como melhorar para cumprir sua finalidade. Todos sabem que é difícil, mas concordam que não é impossível.

Porisso mesmo, quem deve saber mais, trabalhar mais e interceder mais pelo povo sobre saúde pública, ambulância, pronto-socorro, hospital, medicamento e atendimento, são os... políticos. Exatamente. Êsses senhores devem à nação claras e definitivas prestações de contas sôbre seus trabalhos em defesa da saúde e da vida da familia brasileira. Os senhores... TODOS os senhores SÃO OS RESPONSÁVEIS. OS SENHORES TEM A PALAVRA. QUEREMOS OUVI-LOS (mas por favor, sem o "papagaiar" irritadiço e inconsistente que já conhecemos). E prá concluir: Uma perguntinha para os políticos da cidade de Joinville/SC e região: "Antes de construir o outro hospital (àquêle da campanha), será que dá prá acabar com êsse "outro" dos corredores, suprindo JÁ as limitações absurdas, melhorando as condições de trabalho e oferecendo leitos decentes, bom atendimento e tratamento digno aos pacientes ??? "
(Obs.: Fotos meramente ilustrativas).