11 de dez. de 2008

ELES NÃO SABEM PORQUE FAZEM

Pe. Luiz Fachini
Olá amigos . . . Outro dia comentamos aqui a ação REPETIDA e malfazeja de alguns desocupados e baderneiros que arrombaram, vandalizaram e roubaram cosinhas comunitárias mantidas pela Fundação Pauli Madi, criada e dirigida pelo idealista incansável, Pe. Luiz Fachini. A disposição dos marginais para a prática do absurdo é tanta que já extrapola a indignidade do próprio ato e alcança o inconformismo e a revolta quase incontrolável de quem, com esfôrço, supera limites para assistir e alimentar crianças carentes em nossa cidade. Queixa-se o Padre Fachini, propulsor do projeto: "A cada ato de roubo e vandalismo, fazemos o que temos que fazer. Às autoridades policiais, relatamos o fato em todas as suas minúcias, registramos um "B.O" e ficamos na expectativa de alguma coisa. Mas NADA acontece". O lamento do sacerdote, tem sentido. Esperando uma ação investigativa policial, fica na expectativa de informações que entretanto não chegam... nem chegarão, infelizmente. Toda a ação malévola dos ladrões e destruidores, "estaciona" no "B.O". E parece dali não sair. Enquanto isso, tranquilos e animados pela "serenidade" policial, os inimigos do bem público preparam e consolidam ousada e despreocupadamente novos ataques aos alvos previamente escolhidos. Porisso êles tem voltado às cosinhas comunitárias do Padre Fachini e das crianças carentes.
Foto: Salmo Duarte/AN
No amanhecer do dia 11 de dezembro "visitaram", pelo telhado, a Cosinha Comunitária Amiguinhos de Jesus, no bairro Estevão de Matos. Levaram roupas, calçados, mais de 110 quilos de alimentos, inclusive enlatados. Mantimentos e vários objetos foram esparramados pelo chão e pelo quintal da cosinha. Ali, diariamente, recebem cuidados e alimentação adequada e de qualidade, consideravel número de crianças pobres. Agora a restauração do lugar e a reposição alimentícia, vai determinar, lamentavelmente, a suspensão por alguns dias do atendimento habitual às crianças. No último mês, foram roubados o equivalente a mil e quinhentos reais em frangos. Por favor, apela o Padre Fachini: Algo precisa ser feito urgentemente. O sistema, a dinâmica, a tática, a estratégia, enfim, o trabalho competente e investigador da força policial TEM E DEVE acontecer para que, detectados os "tumores", possam ser exemplarmente extirpados do meio e do convívio social. A falta de combate ao movimento pernicioso dessa laia, contribui para a continuação despreocupada dos ataques. São perversos, saqueadores e destrutivos no que fazem. Precisam ser contidos. Mas porque agem assim ? Não sabem mesmo o que fazem ? Hoje, quando novamente a bondade do povo é agredida e as crianças desrespeitadas em suas necessidades básicas, mudamos o critério de nossa avaliação. Êles SABEM o que fazem. Êles só não sabem É PORQUE fazem ! E dificilmente admitirão a razão dêsse comportamento. Nós a mencionamos logo nas primeiras linhas dàquele texto que escrevemos aqui sobre o mesmo assunto e que postamos em novembro. INCONSCIÊNCIA. Eis a razão. Ela é vitaminada pelo descaso, indiferença, frieza. Os que não tem consciência agem destituidos por completo de tudo o que possa existir de bem e de bom nesta vida. Pode revelar-se no meio em que vivemos.
Foto: Pena Filho/AN
Quando o desenvolvimento humano é pautado por uma vida doméstica ou adjacente nessas condições, não saberemos, a partir da fase juvenil, estendendo-se à adulta,... entender, avaliar, admitir ou respeitar, o trabalho, o esfôrço e a dedicação dos outros, para a realização de projetos e o alcance de objetivos. Não consideramos nada disso. Não queremos saber. Inconscientes, pois ignoramos virtudes valiosas da vida, o que fazemos ? Tomamos à força a parte que nos interessa do suor alheio, enquanto que a outra parte, ... vandalizamos, ... destruimos para mostrar poder e acrescentar temor. E assim, seguindo impunes, sem nenhum tipo de "incomodação", vamos entender que podemos continuar agindo, atacando, roubando, aniquilando. Afinal, nós decidimos e executamos. Nós temos a força... êles o mêdo. Nós usufruimos... êles trabalham. Nós rimos... êles choram... Mas a vida é assim ? Já não estamos bem além da hora da execução de providências para mostrar a quem precisar saber com quem verdadeiramente está a força ? A hora avança. A impunidade cresce. Urgem exercícios efetivos de combate à criminalidade para inibição do mal e valorização do bem. A Fundação Pauli Madi, as cosinhas comunitárias, o Padre Fachini, suas crianças e a cidade, saberão agradecer. Com a palavra, nossas autoridades da área de Segurança Pública. Querendo, comente ! Ficarei grato por sua consideração . . .

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