11 de jan. de 2009

COLETIVOS: MELHOROU PRÁ QUEM ?

Olá amigos . . . Porque vivemos "dos males o menor", podemos, agora, para amenizar minimamente a decepção e a inquietude que passam a incomodar notadamente os usuários do transporte coletivo, dizer o que canta o cancioneiro popular ... "tá ruim, mas tá bom". Isso tão somente porque tem ônibus circulando. Mas quem vai e vem no dia a dia com os onibus da Transtusa ou Gidion não enfrenta sozinho o atendimento e os serviços em fase de fragilização e recuo anunciados pelas empresas prestadoras desse serviço. Os trabalhadores em geral, preveem com temor, dificuldades mais prá frente. Indiretamente, familiares e, inclusive, micros, pequenas, médias e grandes empresas podem sofrer, por extensão, consequências determinadas pela diminuição surpreendente no número de horários nas linhas ativadas no dia a dia. Isto sem que consideremos "respingos" prejudiciais que alcançarão, também, vigilantes, enfermeiros, servidores públicos, estudantes, ... Com as mudanças anunciadas e já praticadas, surgem números absurdos tidos como injustificaveis, inadmissiveis para quem deve ter sempre a natural inclinação de melhorar e fortalecer a prestação de serviço. O que vemos, no entanto, é exatamente o inverso dessa, que deveria, ser a preocupação principal. Antes das modificações anunciadas e em vigência, os usuários contavam com QUATRO linhas assim formadas: Sul-Tupy ... Sul-Tupy (linha direta) ... Tupy-Norte ... Tupy-Norte (linha direta). O resultado dessa disposição, apontava 253 viagens/dia. E mais: As linhas Sul-Tupy circulavam pelo centro. A mudança provocou a substituição por outras duas: Sul-Centro e Tupy-Centro. Agora não tem mais como fazer o percurso Sul-Tupy em um único onibus. Observe como ficou o novo quadro dos serviços prestados pelo transporte coletivo. TRÊS linhas: Tupy-Norte ... Tupy-Centro ... Tupy-Centro (linha direta). De 253 viagens/dia, os usuários ficaram com 186 viagens/dia. Houve uma redução de 67 viagens/dia. A população que conta a cada dia com o transporte coletivo teme superlotação e até atrasos, por conta dessa modificação. Muito embora existam hoje, por ruas de maior circulação de veículos, o fluxo facilitado pelos corredores recentemente implantados. Mas as alterações, não param por aí. Outras medidas foram pensadas e adotadas. Em 12 de dezembro teve início o "madrugadão" com 12 novas linhas cumprindo essa escala: De domingo a quinta, às 01h30. Sextas e sábados, às 01h30, 02h30 e 03h30. Os onibus "Pega-Fácil" não circulam mais. Todas as sete linhas de segunda à sexta e mais as cinco de sábado foram canceladas. As empresas, concluiram que essa modalidade de transporte acabou transformando-se em fator deficitário. O "Pega-Fácil" estaria assim: 16% das viagens, sem NENHUM passageiro a bordo. Em 85% das viagens, levando cinco passageiros no máximo. Outro fator negativo: Excesso de veículos particulares circulando por vários pontos centrais e de bairros movimentados, prejudicavam o cumprimento horário. Também os onibus conhecidos como "Linha-Direta" e que passavam pelos "corredores", foram desativados. Não circulam mais. Eles passaram a ser "desnecessários" porque os "corredores" possibilitaram aos "convencionais" fazer o percurso em tempo igual. E teve, ainda, a modificação em horários de 40 linhas que alimentam os terminais Norte, Sul e Tupy. Nem querendo, não dá prá colocar "panos quentes". As mudanças foram fortes e com tendencia a alcançar de modo negativo a realidade perimetral de Joinville. Tomara estejamos equivocados. O tempo dirá. É que o senhor Rubens Neerman, chefe da Divisão de Transportes da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), entende que o que houve, na realidade, foi "só" uma racionalização do sistema de transporte coletivo. Entende, também, que a diminuição de horários surgiu em razão da " excessiva" oferta aos passageiros do percurso Tupy/centro. Êle acha, ainda, que os novos horários estão bem distribuidos e atenderão com eficiência os usuários até o terminal central. Essa é, enfim, a nova configuração do transporte coletivo na cidade. Num primeiro momento, a população dá depoimentos à imprensa, lamentando as medidas tomadas pelas empresas. Fica apreensiva quanto ao cumprimento horário, condições de transporte e onibus após onibus passando direto e superlotados nos pontos de parada. E isso, sem esquecer do aumento no preço das passagens, já em cogitação pelas duas empresas. aliás, tem aqui, uma perguntinha inquieta que precisamos fazer, ... Será que todas as alterações praticadas pelas empresas concessionárias do transporte coletivo, refletem mesmo só atitudes administrativas de reorganização e contenção sem descuidar da eficiência ... ou estariam estreitamente ligadas ao desejo de despertar "sutilmente" na prefeitura e câmara, motivação suficiente para um encontro capaz de rever procedimentos, gerar consenso e enquadrar o transporte coletivo às realidades impostas por uma cidade que não para de crescer ? É isso ! Aqui está a interrogação ! A cidade cresce ao natural e recebe, aumentando êsse crescimento, pessoas, familias, de muitos outros pontos do país. Cresce o comércio, as empresas e todos os demais organismos funcionais e de prestação de serviço, criando novas frentes de trabalho e turnos diversificados. Novas empresas surgem em Joinville ou vem de outros lugares. A produção não para e nem a cidade. Pode, nas ruas, (e só a noite) cair o movimento. Mas nas empresas, segue subindo. Queremos entender é porque, quando tudo nessa cidade é crescimento e mobilidade consequente, justo o ramo cuja tendencia natural é também crescer, enigmáticamente recua, dá mostras de cansaço, debilidade, encolhimento. Cancela opções alternativas de transporte, altera trajetos, modifica escalas e diminui 67 horários de atendimento ao povo. Eram 253 viagens/dia. Hoje são 186. Quando muitos insistem e falar em oportunidades em Joinville para mais emprêsas de transportes coletivos, as duas empresas que detem os direitos de exploração dêsse trabalho, reduzem substancialmente seus serviços aos usuários. As mudanças praticadas tem vínculo permanente com custos, lucros e perdas. Nêsse triunvirato, recomenda-se respeitar e não esquecer, estão, também, os usuários do transporte coletivo. Não apenas as emprêsas. De sorte que, importa-nos, aqui, um questionamento final: MELHOROU PRÁ QUEM ? Embora nos esforcemos, não estamos conseguindo, sozinhos, chegar na resposta. Você consegue ver daí, ... onde, verdadeiramente, está o "X" da questão ? Alguém ganhou ou todo mundo perdeu ? Então fique a vontade e conte prá todos nós ... faça seu comentário ...

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