8 de mar. de 2009

DR. NILSON W. BENDER = SEMPRE IGUAL

Olá amigos . . . Não vemos outro. Aqui em Joinville, SC, é êle o homem que, com uma nobresa incomum, sempre soube vestir a simplicidade como traje de gala. Êle a tem como estilo de vida. É ela, que êle sem perceber, coloca em especial evidência por onde quer que ande. Muitos não chegam a ater-se nêle. E sim, nela. E ela tem tanta presença na vida dêle, que logo passa a ser objeto da atenção e dos comentários de todos. Mas o que bem poucos sabem, é que ela nasceu com êle, cresceu e viveu com êle. E segue na vida dêle. Simplicidade ! Sempre assim. Em nenhuma das fases da vida, êle, deixou de caminhar sem ela. Em conversa, com amigos, sôbre essa figura humana diferenciada já inserida entre as biografias mais significativas e importantes da história de Joinville, nunca deixamos de lembrar e valorizar o gesto nobre do ex-prefeito Marco Antonio Tebaldi que, iluminadamente, de forma sensível, justa e feliz, chamou-o para também participar da convivência administrativa municipal. Lá onde êle estava, distante de tudo e de todos, no ostracismo doído da vida, sentiu-se renovado, valorizado, útil. Estava sendo lembrado, prestigiado. Era tudo o que êle queria. Tudo o que esperava mas não imaginava que pudesse vir a acontecer no senda do crepúsculo vivencial. Surpreso e emocionado, onde ninguém viu, êle não se conteve. Silencioso, chorou ... agradecido, feliz. Estava pronto para retornar à vida pública e para as lides políticas. De repente, como um tônico de grande poder revitalizador, percebeu em si mesmo uma energia que há muito não sentia. Reanimado, arrumou-se e foi reintegrar-se à vida de sua vida. O trabalho público. A simplicidade, fiel companheira foi junto. Como sempre. No passado, que êle não esquece e sôbre o qual só fala se fôr perguntado e em seu jeito de ser e viver, sua presença altiva, tinha sempre sobre sí o brilho da simplicidade. É coisa de pele. Êle foi, como pessoa, exatamente o que é. O mesmo homem. Aí em cima, lembram ? ... Falamos da emoção que sentiu ao ser convidado para reingressar na vida pública. Para retornar aos meios políticos. Aqui embaixo dá-se o inverso. O caminho que fêz para subir, foi o mesmo que utilizou para descer. Com o nôvo prefeito comandando o municipio e por ter sido leal àquêle que o buscou no esquecimento onde vivia, foi exonerado e liberado para o nada existencial. Ainda assim, manteve-se sereno. Mas na altivez que nunca perdeu, ocultava imperceptivel tristeza interior. Disse ter ficado feliz e honrado pelo respeito com que sempre foi tratado pelo prefeito Tebaldi, a quem deve especial gratidão. Não tem nenhum tipo de ressentimento contra o prefeito Carlito. Sua exoneração e de outros, é procedimento político e não pessoal. Já preparava-se para "ensarilhar" as armas e para abraçar-se com a solidão ocupacional doméstica quando, de nôvo, outra manifestação de apreço mais uma vez venceu a fortaleza de sua sensibilidade e o emocionou profundamente. O vereador Alodir Alves de Cristo (DEM), eleito com expressiva votação, o surpreendeu convidando-o para fazer parte de sua assessoria na Câmara de Vereadores. A alegria voltou e lá está êle. Vejam quem o vereador Cristo, tem ao seu lado: Experiente homem de formação superior. Contador e economista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi diretor financeiro, de planejamento e de organização da Fundição Tupy, onde esteve por 34 anos. Em 1952 iniciou na vida pública. Foi prefeito de Joinville e teve gestão produtiva, exitosa. Cuidava e bem, da educação. Foi êle quem criou o CESITA, o Centro XV, a Fundação 25 de Julho e Fundaje (precursora da Univille), além de escolas de ensino fundamental. Na área da saúde, construiu o novo Hospital Municipal São José, o primeiro pronto-socorro de Joinville, programa de saneamento básico e implantou a rêde de água potável. Sua atuação também foi expressiva nas áreas de comunicações, transportes, e cultura. Implantou o Museu de Sambaqui, a estação rodoviária e iniciou as obras da Casa da Cultura e do Pavilhão da Expoville. Em seu govêrno aconteceu o primeiro levantamento aerofotogramétrico da cidade. Iniciou a administração modernizada da prefeitura, participou da adoção do estatuto do Funcionário Público Municipal e também da criação da Fidesc, que antecedeu a Amunesc. O Dr. Bender, como era chamado, governou Joinville de 1966 a 1970. Antes dêle, Helmuth Falgatter. Depois dêle, Harald Karmann. Administrou Joinville com transparencia, habilidade, realizações e sucesso. Sua vida é bonita história de honradez e honestidade. Depois de passar a prefeitura para seu sucessor, Dr. Karmann, seguiu atuando na vida pública. Também foi vereador de destacada atuação legislativa. Ao longo de sua jornada, vários homens de elevada conceituação social e política, abrigaram-se à sua sombra. Quantos, dentre êsses, lembram-se dêle ? . . . Dias passados, ao final do expediente na Câmara de Vereadores de Joinville e com a noite chegando mais cêdo, estávamos saindo sem pressa quando percebemos à nossa frente, êle ..., sozinho... Sempre ereto, sempre altivo, sempre igual. Retendo nossos passos fomos seguindo e contemplando aquele senhor de mais de 80 anos e cabelos brancos, que lentamente alcançava a escadaria frontal. Ali, amparando-se no corredor, foi descendo com calma cada um dos degraus até alcançar as calçadas. Para um pouco, respira, olha com atenção buscando a condição para a travessia e só então passa para o outro lado. A cena final, nos tocou, fazendo com que lembrássemos dêle em outros tempos. Certamente estaria vestindo um daqueles ternos vistosos, de talhe especial e elegante,... quem sabe o cinza-grafite, o preto, talvez o azul-marinho. Seu motorista já estaria abrindo a porta do carro respeitosamente para incontinenti, conduzi-lo à algum compromisso social, empresarial ou ao encontro da familia. Mas a cena que vimos era diferente. Só a cena. Porque o homem do presente, era o mesmíssimo homem do passado. Êle não vestia terno sob medida. Não havia carro nem motorista esperando por êle. Acomodou-se no banco do abrigo de ônibus em frente a câmara. Pouco depois chegou sua condução. Ônibus da linha Iririu-Centro. Já em pé, o motorista abre a porta e aquele homem com mais de 80 anos, entra com algum esforço no coletivo que arranca sem lhe dar muito tempo para segurar-se com firmesa. Até onde pudemos observar, permaneceu em pé. Mas êle não se importa com isso. Não vê o mal, nem quer o mal de ninguém. Mesmo quando não o respeitam, êle continua respeitando. Êle é no presente, o que foi no passado. Ouro da melhor qualidade, ao seu dispor em bandeja de prata. Aqueles que só o conhecem à distancia ou mesmo que não sabem quem êle é, deveriam saber. Muitos que sabem, cumprimentam-no indiferentes e não lhe dão muita atenção. Outros tantos que serviram-se de sua generosidade no passado, recomendamos pensar no futuro. E há um futuro. Para êle, SER IGUAL é um tesouro. Sem simplicidade, é impossível ser igual. Ser simples, é não fazer exigências, nem promover separações ou propagar preconceitos. Ser simples, é amar o outro pelo que êle É, não pelo que êle TEM. Para concluir queremos apresentar ou reapresentar para você, o Doutor NILSON WILSON BENDER. Pode acreditar, ÊLE É O CARA. Nunca trabalhou exclusivamente para o bem estar pessoal, familiar ou de grupo. E segue trabalhando onde, de alguma forma, possa continuar contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, de homens, mulheres e crianças. Se o encontrar por aí, cumprimente-o com alegria. ÊLE MERECE ! E continua o mesmo ! Cordial, servidor, simples ...

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá!
Belas palavras a respeito do Dr. Bender. Sou nascido em Joinville, mas criado no RJ. Tive oportunidade de ouvir muitas dessas estórias pelas lembranças de meus pais.
Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente numa viagem que fizemos a Curitiba, acompanhando um amigo em comum. Grande homem, inteligente e lúcido.
Sds
Evandro.