Olá amigos . . . Quando crianças vivíamos, sem saber, o romantismo de uma cidade modesta, de muito trabalho e de um natural e agradável clima de confiança recíproca e paz coletiva. A cidade era originalmente assim e não conhecíamos o oposto dessa harmonia rotineira. Sequer percebíamos o valor do céu que a cada dia tínhamos à disposição nêsse nosso pequeno pedaço terrestre. Nossa casa, a familia, a escola, a igreja, o time de futebol do bairro, os dois times da cidade e os dois cinemas, Palacio e Colon, nos bastavam. Éramos felizes. Aqui as pessoas cumprimentavam-se sem que, para isso, necessitassem, primeiro, se conhecer.
Em nossa vida paradisíaca, um eventual furto, trazia consigo muito mais surprêsa, decepção e lamento, do que indignação ou mesmo àquela sensação ruim de perda imerecida. Pessoas em acalorado confronto verbal, agressão física mútua ou que chegassem ao extremo de provocar ferimento mortal, o que era uma raridade, causavam grande abalo no pacífico chão nosso de cada dia. Parecia mesmo um terremoto. Era um ferimento que doía na nossa paz. A cidade se entristecia. Um ato de vandalismo, fato difícil mas não impossível, gerava indignação e ira. Não importava contra o que a afronta era cometida. Na vida pessoal, dois fatos que se descobertos chegassem a domínio público, constrangiam profundamente não só aqueles explícitamente envolvidos, como também suas familias. Roubo e adultério. Nêsses casos, era vida dura. Ou os envolvidos, sem temor, persistiam no enfrentamento às consequências do êrro praticado ou virando às costas à implacável sentença popular, buscariam em outro ponto o reencontro com a serenidade perdida.
O movimento nas ruas tinha, em si mesmo, ... sem câmeras fotografando, sem radares, sem tachões redutores de velocidade, sem essa "chuva" de sinaleiros de todos os tipos, sem faixas de pedestres e sem guardas, mais multando que orientando, ... um procedimento admiravel de calma e de mútua respeitabilidade. Os pais, durante todo o período escolar, não tinham nenhum tipo de apreensão. Não havia a preocupação e até o mêdo dos nossos dias. Não existia o trânsito irresponsável e violento. A qualquer hora, caminhando, pedalando nossa bicicleta, pilotando a moto ou dirigindo o carro, nos sentíamos bem, despreocupados e tranquilos.
Também não havia o assédio ousado e escandaloso de "passadores" e traficantes de drogas cercando, abordando, infernizando e desgraçando a vida de adolescentes e jovens que caminham para a vida adulta. Não tínhamos, vale lembrar, o sintoma latente de insegurança pela ação desavergonhada e despreocupada de figuras imorais, inescrupulosas e agressivas, que à distancia observam as indefesas vítimas escolhidas para consumação de seus sórdidos objetivos, no caminho da escola ou nas proximidades de nossa casa. Mas o outro lado daquela calmaria que pudemos viver em nossa infancia no solo calmo que nascemos e crescemos, ... começamos a conhecer já faz tempo. De lá, prá cá, fervem à nossa volta atitudes de desrespeito e desamor. Crianças e idosos, são os que mais sofrem.
O desenvolvimento desenfreado, em muitos aspectos afrontando leis e pessoas, tem estatísticas crescentes, alarmantes, assustadoras. O meio ambiente, os sistemas naturais, de junção implícita na manutenção sadia do planeta e da vida, são desrespeitados e devastados em nome da ambição, do dinheiro e do poder humano e limitado. Sim limitado. O sujeito vive 60, 70 ou 80 anos e desgraça a vida de uma grande parte da humanidade por incalculável número de anos. Um incontável contingente de vilipendiadores da vida, no curto tempo que por aqui passam, deixam rastros irreparáveis de destruição. Por todos os espaços cresce a população e as cidades incham e se espalham. Os govêrnos quase não consequem acompanhar essa realidade que não para. As administrações vem encontrando dificuldades para fazer frente à incontida escalada do progresso, gerador de maiores compromissos e responsabilidades públicas.
Temos aí uma alusão bem breve do mundo que tínhamos e do mundo que temos. Uma realidade ontem, outra hoje e qual será a do amanhã ? Não estamos saindo de Joinville, ao norte do estado de Santa Catarina para escrever este texto. Estamos nela. Falamos da cidade onde nascemos. Um dia daqui saimos por circunstâncias profissionais. Pelas mesmas circunstâncias e por mais duas, amor e saudade de nossas origens, acabamos voltando. Desde então, já se foram mais de 25 anos. Transformações aconteceram. Em determinado período, no passar dêsses 25 anos, tivemos o prazer e a alegria de rever e conviver, ainda, com o que sempre esta cidade soube cultivar históricamente por vocação e amor. FLORES ... Numa atitude particular, parei e pensei: Porque entre tantos assuntos ainda não falei delas ? Prá não dizer que não falei de flores, farei isso. Elas merecem. São queridas, meigas, lindas, maravilhosas, perfumadas.
Joinville já foi um grande e lindo jardim de muitas flores. Aqui ERA assim... Por onde quer que andássemos, elas pareciam nos acompanhar. Para o lado que virássemos, lá estavam elas. Bonitas, altivas, orgulhosas, protegidas. Sim elas tinham proteção, eram muito bem cuidadas. Tinham tudo o que precisavam para viver. E não faltava o cuidado humano. Nos canteiros, esquinas, repartições públicas, fábricas, igrejas, escolas, em frente às lojas e por todas as praças, elas tinham presença garantida em lugares de destaque. Eram admiradas e respeitadas. Os turistas emocionavam-se com a beleza das flores de nossa cidade. Nossas ruas combinavam com elas. Tinham serviço de assistencia e restauração. Não ficavam esquecidas, abandonadas, esburacadas... E hoje como é ? Joinville é bonita ? Se você a conheceu como a conhecemos, sejamos honestos. Ela era linda demais. Era um imenso, esparso e perfumado jardim.
Joinville ERA, aos nossos olhos, bem mais bonita. Era florida, maravilhosa ! Não vivíamos, apenas, das fantásticas orquídeas que sempre valorizaram de forma exuberante nossa cidade. Por elas e por todas as demais flores que tínhamos em abundancia, Joinville celebrizou-se pelo país inteiro como "A CIDADE DAS FLORES". Elas, as flores, não dependiam das praças públicas. Mas as praças públicas em seus realces e detalhes dependiam da beleza de cada uma delas. Com as flores e outros recursos, as praças ganhavam projeção, popularidade e eram pontos de passatempo e entretenimento familiar. Eram redutos de descanso e conversa de adultos, pessoas idosas e casais enamorados. Tinham bancos bons, patrocinados e bem distribuidos. Plantas ornamentais, folhagens selecionadas, flores por todos os lados, ponto público de água (lugar limpo e decente para matar a sêde), e em todas as áreas gramadas, uma grama verdinha, bonita, bem aparada... Sobre as partes "gramadas", líamos plaquinhas diferenciadas com versinhos sugestivos, quase infantis, mas inteligentes e criativos, que ajudavam no respeito ao local. Lembramos de uma dàquelas plaquinhas. Dizia assim: "Quantos quilos você pesa ? Parabéns, está gordinho... Então não pise na grama, você não é passarinho !".... Havia play ground, sorveteria, roleta, carrinho de pipoca, sanitário público limpo e odorante ... Meu Deus, quanta SAUDADE !
Para onde foram tantas benesses ? Por favor, alguém responda: O que fizeram com nossa cidade ? Era só zelar, manter, aperfeiçoar... Porque acabaram ou deixaram acabar essas coisas simples mas tão úteis e importantes para o povo ? POR FAVOR... tem aí entre vocês, alguém com pelo menos algum poder de convencimento para sentar e conversar sobre essas coisas com o prefeito Carlito Merss ? Para onde foram nossas praças, nossas flores ? O que aconteceu com a proteção e a valorização do bem público ? Do meio ambiente ? O que fizeram com os nossos finais de semana ? Para onde foram nossos domingos ensolarados, de céu azul e felizes ? Onde estão os bancos e as árvores sombreiras que nos recebiam em nosso cansaço, nos brindando com momentos aprazíveis e reabilitantes ?
Nunca exigimos NADA ! O pouco que tínhamos, nos bastava. Há muito, não temos mais. Porque senhores ? O que foi feito de nossa alegria ? E de novo por favor: Não é correto, justo e sobretudo honesto, confundir "alguma comodidade" (tipo centreventos, arena, areninha..) e mais uma ou outra coisa por aí, ... com QUALIDADE E LIVRE LAZER para a familia. Como diria o poeta contemporâneo Agenil Silva de Guarapuava/PR: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". E prá concluir, sabe o que mais ? ESTAMOS INDIGNADOS ! INCONFORMADOS ! QUEREMOS NOSSA CIDADE DE VOLTA ! COM SUAS PRAÇAS, SUAS FLORES E SUA ALEGRIA. DEVOLUÇÃO JÁ !
O movimento nas ruas tinha, em si mesmo, ... sem câmeras fotografando, sem radares, sem tachões redutores de velocidade, sem essa "chuva" de sinaleiros de todos os tipos, sem faixas de pedestres e sem guardas, mais multando que orientando, ... um procedimento admiravel de calma e de mútua respeitabilidade. Os pais, durante todo o período escolar, não tinham nenhum tipo de apreensão. Não havia a preocupação e até o mêdo dos nossos dias. Não existia o trânsito irresponsável e violento. A qualquer hora, caminhando, pedalando nossa bicicleta, pilotando a moto ou dirigindo o carro, nos sentíamos bem, despreocupados e tranquilos.
Também não havia o assédio ousado e escandaloso de "passadores" e traficantes de drogas cercando, abordando, infernizando e desgraçando a vida de adolescentes e jovens que caminham para a vida adulta. Não tínhamos, vale lembrar, o sintoma latente de insegurança pela ação desavergonhada e despreocupada de figuras imorais, inescrupulosas e agressivas, que à distancia observam as indefesas vítimas escolhidas para consumação de seus sórdidos objetivos, no caminho da escola ou nas proximidades de nossa casa. Mas o outro lado daquela calmaria que pudemos viver em nossa infancia no solo calmo que nascemos e crescemos, ... começamos a conhecer já faz tempo. De lá, prá cá, fervem à nossa volta atitudes de desrespeito e desamor. Crianças e idosos, são os que mais sofrem.
O desenvolvimento desenfreado, em muitos aspectos afrontando leis e pessoas, tem estatísticas crescentes, alarmantes, assustadoras. O meio ambiente, os sistemas naturais, de junção implícita na manutenção sadia do planeta e da vida, são desrespeitados e devastados em nome da ambição, do dinheiro e do poder humano e limitado. Sim limitado. O sujeito vive 60, 70 ou 80 anos e desgraça a vida de uma grande parte da humanidade por incalculável número de anos. Um incontável contingente de vilipendiadores da vida, no curto tempo que por aqui passam, deixam rastros irreparáveis de destruição. Por todos os espaços cresce a população e as cidades incham e se espalham. Os govêrnos quase não consequem acompanhar essa realidade que não para. As administrações vem encontrando dificuldades para fazer frente à incontida escalada do progresso, gerador de maiores compromissos e responsabilidades públicas.
Temos aí uma alusão bem breve do mundo que tínhamos e do mundo que temos. Uma realidade ontem, outra hoje e qual será a do amanhã ? Não estamos saindo de Joinville, ao norte do estado de Santa Catarina para escrever este texto. Estamos nela. Falamos da cidade onde nascemos. Um dia daqui saimos por circunstâncias profissionais. Pelas mesmas circunstâncias e por mais duas, amor e saudade de nossas origens, acabamos voltando. Desde então, já se foram mais de 25 anos. Transformações aconteceram. Em determinado período, no passar dêsses 25 anos, tivemos o prazer e a alegria de rever e conviver, ainda, com o que sempre esta cidade soube cultivar históricamente por vocação e amor. FLORES ... Numa atitude particular, parei e pensei: Porque entre tantos assuntos ainda não falei delas ? Prá não dizer que não falei de flores, farei isso. Elas merecem. São queridas, meigas, lindas, maravilhosas, perfumadas.
Joinville já foi um grande e lindo jardim de muitas flores. Aqui ERA assim... Por onde quer que andássemos, elas pareciam nos acompanhar. Para o lado que virássemos, lá estavam elas. Bonitas, altivas, orgulhosas, protegidas. Sim elas tinham proteção, eram muito bem cuidadas. Tinham tudo o que precisavam para viver. E não faltava o cuidado humano. Nos canteiros, esquinas, repartições públicas, fábricas, igrejas, escolas, em frente às lojas e por todas as praças, elas tinham presença garantida em lugares de destaque. Eram admiradas e respeitadas. Os turistas emocionavam-se com a beleza das flores de nossa cidade. Nossas ruas combinavam com elas. Tinham serviço de assistencia e restauração. Não ficavam esquecidas, abandonadas, esburacadas... E hoje como é ? Joinville é bonita ? Se você a conheceu como a conhecemos, sejamos honestos. Ela era linda demais. Era um imenso, esparso e perfumado jardim.
Joinville ERA, aos nossos olhos, bem mais bonita. Era florida, maravilhosa ! Não vivíamos, apenas, das fantásticas orquídeas que sempre valorizaram de forma exuberante nossa cidade. Por elas e por todas as demais flores que tínhamos em abundancia, Joinville celebrizou-se pelo país inteiro como "A CIDADE DAS FLORES". Elas, as flores, não dependiam das praças públicas. Mas as praças públicas em seus realces e detalhes dependiam da beleza de cada uma delas. Com as flores e outros recursos, as praças ganhavam projeção, popularidade e eram pontos de passatempo e entretenimento familiar. Eram redutos de descanso e conversa de adultos, pessoas idosas e casais enamorados. Tinham bancos bons, patrocinados e bem distribuidos. Plantas ornamentais, folhagens selecionadas, flores por todos os lados, ponto público de água (lugar limpo e decente para matar a sêde), e em todas as áreas gramadas, uma grama verdinha, bonita, bem aparada... Sobre as partes "gramadas", líamos plaquinhas diferenciadas com versinhos sugestivos, quase infantis, mas inteligentes e criativos, que ajudavam no respeito ao local. Lembramos de uma dàquelas plaquinhas. Dizia assim: "Quantos quilos você pesa ? Parabéns, está gordinho... Então não pise na grama, você não é passarinho !".... Havia play ground, sorveteria, roleta, carrinho de pipoca, sanitário público limpo e odorante ... Meu Deus, quanta SAUDADE !
Para onde foram tantas benesses ? Por favor, alguém responda: O que fizeram com nossa cidade ? Era só zelar, manter, aperfeiçoar... Porque acabaram ou deixaram acabar essas coisas simples mas tão úteis e importantes para o povo ? POR FAVOR... tem aí entre vocês, alguém com pelo menos algum poder de convencimento para sentar e conversar sobre essas coisas com o prefeito Carlito Merss ? Para onde foram nossas praças, nossas flores ? O que aconteceu com a proteção e a valorização do bem público ? Do meio ambiente ? O que fizeram com os nossos finais de semana ? Para onde foram nossos domingos ensolarados, de céu azul e felizes ? Onde estão os bancos e as árvores sombreiras que nos recebiam em nosso cansaço, nos brindando com momentos aprazíveis e reabilitantes ?
Nunca exigimos NADA ! O pouco que tínhamos, nos bastava. Há muito, não temos mais. Porque senhores ? O que foi feito de nossa alegria ? E de novo por favor: Não é correto, justo e sobretudo honesto, confundir "alguma comodidade" (tipo centreventos, arena, areninha..) e mais uma ou outra coisa por aí, ... com QUALIDADE E LIVRE LAZER para a familia. Como diria o poeta contemporâneo Agenil Silva de Guarapuava/PR: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". E prá concluir, sabe o que mais ? ESTAMOS INDIGNADOS ! INCONFORMADOS ! QUEREMOS NOSSA CIDADE DE VOLTA ! COM SUAS PRAÇAS, SUAS FLORES E SUA ALEGRIA. DEVOLUÇÃO JÁ !
Na cidade de Guarapuava, PR, tivemos a graça de fazer e cultivar amizades bonitas, preciosas, inesqueciveis. Lá tem muito de nosso coração. Em outra oportunidade, estaremos lembrando gratificados e felizes o significado e o valor daquelas amizades para nós. Jair Ramos, que nos deu o prazer de sua companhia no rádio, hoje advogado de bom trabalho em Guarapuava e região, é quem nos passa informações sobre a cidade e o seu povo. Aí na foto, vemos a Matriz N. S. de Belém. No "detalhe", o bispo diocesano, Dom Antonio Wagner da Silva. Com êle convivemos e trabalhamos em Joinville. É diamante de incalculável valor.
Ao voltar aos amigos que lá deixamos, importa dizer que sabemos ser injusto citar apenas um ou alguns nomes. Mas precisamos, respeitosamente e com a sua compreensão e perdão, lembrar aqui um casal muito querido e amigo que nos acolheu em sua casa. Agenil e Neusa. Queremos que saibam: NÃO ESQUECEMOS NADA E SOMOS GRATOS A VIDA TODA. E a dona Leontina e as meninas ? E o Divo, a Lúcia e familia ? E o Dorinho, a Sirlene, o Emerson e o "meu" canário ? E o Peri, Ivone e filhos ? E o que dizer do Miro e a Rosinha ? E o "seo" Ponciano, dona Marica, o Pedro e as meninas ? A lista, graças a Deus, é grande. E TODOS igualmente especiais. SÓ OURO da melhor qualidade.
Um dia, quando não estávamos mais usufruindo dessas e outras tantas companhias sempre queridas e agradáveis, recebemos a notícia do falecimento do "seo" Ponciano. Decidimos então ir à Guarapuava levar nossa solidariedade à família e olhar ainda uma vez, àquele homem generoso e amável. E lá estava êle. Sereno... em paz. Quando em Guarapuava, trabalhamos na mesma emissora de rádio e morávamos um de frente para o outro. Tínhamos prazer em conversar. Ora estávamos nós do lado de lá, ora êle do lado de cá. Era homem de boas palavras, sábio, conselheiro, ajudador. O brilho de sua simplicidade, quase não nos permitia ver a nobresa de suas atitudes. Tenho saudade dêle e de sua amizade. Não sabemos quando, mas quem sabe, de repente, estejamos caminhando em chão guarapuavano, revendo a cidade e tantos amigos, conversando e rememorando passagens marcantes que vivem em nossa lembrança. Como já estamos rumando para uma segunda-feira, com a hora seguindo implacável a marcação ininterrupta do tempo, vamos ter que dar uma paradinha. O tempo não para, mas nós paramos. E precisamos... Ainda nesta semana que está só começando, gostaria de "revirar" um pouco mais o baú de recordações e aí sim, completar este texto que vamos segurando por aqui. (O sono chegou...) .....

Não será surprêsa caso, de repente, surja alguém querendo contestar essa realidade. A possibilidade disso acontecer, motiva-nos recomendar uma visita pessoal à qualquer uma delas ou à todas, só para sentir e ver, bem de perto, os tristes retratos da debacle administrativa. Um meio mais fácil e rápido, é adquirir um exemplar do jornal A Notícia, edição de 15 de fevereiro de 2009, páginas 4 e 6 e conferir, sem pressa, a excelente reportagem de Rosane Felthaus com textos claros e detalhistas, mapa de localização, fotos dos descasos e sucateamentos, números e depoimentos. E para que avaliemos melhor o quadro caótico, é bom saber que, a Secretaria Regional Nova Brasilia, se comparada com as demais, pode ser considerada a "rainha" das regionais. Tem quatro computadores (um com tela LCD), ar condicionado em todas as salas ... e só ! Numa delas, na sala do secretário, já aparece o primeiro problema: Para acomodar-se e trabalhar, êle usa outra cadeira. A dêle está quebrada.
E lá, do lado de fora, já se vê a patrola, que é da prefeitura, parada... sem poder trabalhar. Não tem freios, o vidro está quebrado, peças soltas e pneu vazio (talvez furado). E o incrivel, mas é verdade: Notas fiscais comprovam que a brava patrola foi levada 36 (trinta e seis) vezes para a oficina. Isso, só em 2008. Quer dizer, uma vez a cada dez dias. E tem aí um mistério: Ninguém sabe explicar como, até agora, o problema não teve solução. Quando nos aproximamos e olhamos essa guerreira de perto, não admitimos seu aspécto taciturno e a quase solidão em que a atiraram, virando-lhe às costas, enquanto, lá fora, ruas e famílias aguardam esperançosos os seus serviços.
Mas o prefeito observou, também, que a maioria das concessões aconteceram por prazo indeterminado. Isso quer dizer que elas podem perder a validade a qualquer hora, de um momento para outro. E tem mais: Entre elas, tem muitas com prazo de concessão vencido. E ainda no campo dessas "benésses do poder", comenta-se, também, a existencia de salas cedidas para utilização de terceiros em prédios alugados, mantidos pela prefeitura. Nêsse aspecto, senão mudou ainda, pela reação do prefeito Carlito, certamente mudará. O "vem que tem" não tem mais. Acabou. Agora só há um jeito: Começar a cantarolar um novo refrão. "Nem vem, que não tem"... É que todas as coisas, duram só um certo tempo. Um certo tempo. E não todo o tempo ..... 
Mas os dois momentos tem seus instantes de compensação e emoção. É quando esquecemos o tempo da perturbadora espera para, na hora certa, sentirmos o abraço da vitória, a manifestação da alegria. Para trabalhadores conscios dos comprometimentos assumidos e que de repente percebem-se integrantes também da enorme fila de desempregados no país, a hora certa que esperam chegar tanto quanto um nôvo emprêgo, é aquela em que recebem a confirmação do direito de passar a receber o seguro desemprêgo.
Recentemente, pelo jornal A Notícia, na página Livre. Mercado, de Claúdio Loetz, assumida interinamente por Júlia Pitthan, soubemos que os requerimentos do "salário" ou seguro-desemprêgo, subiu em Joinville de 1.896 em dezembro de 2007, para 2.755 em 2008. Êsses números preocupam. Há, nêles, um crescimento em torno de 38%. Essa constatação, fala claramente que as perspectivas de emprêgo na região não vem sendo tão boas quanto eram. Na região, no último mês de 2008, foram fechados três mil postos de trabalho em Joinville. Por todo o estado, os pedidos do seguro que foram além de 20 mil, em dezembro de 2007, aumentaram para 25 mil em 2008. Um crescimento de 25%.
Quem sabe o que significa perder o trabalho e quem entende as alterações e complicações que o fato pode originar na vida da família deduz, com certeza, a importancia e a legalidade do seguro desemprêgo. Pelo menos para atender em parte os compromissos, enquanto o novo emprego não chega. E tomara venha em tempo hábil. Mas não há como negar: É um socorro providencial. É de verdade, a ajuda na hora certa...