26 de jul. de 2009

SERÁ O FIM DAS FIGUEIRAS ?

Olá amigos ... Dia 31 já bem próximo, 19:30, na Câmara de Vereadores de Joinville, uma audiência pública deverá acontecer por determinação da justiça para que, finalmente, seja feita a declaração oficial sobre o destino das QUARENTA figueiras da Avenida Herman August Lepper. Deverá acontecer uma avaliação técnica detalhada. Algo como um "julgamento", mas invertido, ao contrário. Salvo melhor juizo, uma coisa única. Será assim: De um lado, a "altivez" fria e indiferente, já enxugando as mãos e calçando as "sandálias da humildade". De outro, as figueiras, quietas, submissas. A tal altivez, nunca fêz nada pelas figueiras. Mas agora se "aquece", quer e vai julgar, quando deveria ser julgada. Não fez o que lhe competia fazer no cumprimento de sua responsabilidade e neste momento, como estratégia, surpreende por estar assumindo atitudes de inclinação administrativa e preocupado zêlo urbano. Conclui que uma conduta impressionável e uma boa exposição de motivos, doída mas necessária ao bem estar público, são armas de bom calibre para justificar e atenuar o impacto do parecer favorável ao fim das figueiras e, portanto, do veredicto já ensaiado. Afinal, há um fato em evidência que precisa e deve ser decidido. O que deverá prevalecer: Ao nosso entendimento, a exposição técnicamente clara e convincente. Mas antevemos, com ressalvas, que a decisão pela derrubada das figueiras sadias e frondosas, pode vir a ser um fato de dificílima aceitação popular, com repercussão inevitável e fortemente negativa. De um jeito ou de outro, irá além, muito além das nossas e das outras fronteiras. Mas é hora de decidir !

De outro lado, em situação oposta, silenciosas e pacíficas como sempre foram, estão elas. As figueiras. No banco dos réus. Culpadas de nada, acusadas de tudo. Que crimes cometeram ? Trazidas sem saber onde ficariam, ficaram onde "tecnicamente" as plantaram. No mesmo abandono em que sempre ficou o Rio Cachoeira, elas cresceram, ainda que bonitas e corajosas, sozinhas e sem assistência. Tão solitárias quanto o rio amigo e agonizante. Mesmo na servidão elas tem contribuido, embora sem reciprocidade, para a melhoria do ar que respiramos nas margens e imediações de onde vivem. Oxigenam o lugar e ainda oferecem sem exigir coisa alguma, uma sombra protetora e agradável. O estacionamento é por conta delas. E mais: Nos dão também uma paisagem de expressiva beleza e especial motivação fotográfica. Mas ainda assim, dá prá sentir aproximar-se o fim das quarenta figueiras. E ademais (querem nos fazer pensar), elas são predadoras ! Racham o asfalto. Ameaçam a tubulação de gás com suas raízes que agridem e destroem, além de provocar erosão, criando situação de risco e desmoronamento. Podemos errar, mas estamos deduzindo que êsses argumentos estarão sendo defendidos com experiencia profissional, minúcias técnicas, evidências de danos, entre outros informes que depoem contra a permanência das figueiras. Prá concluir e por conta disso, temos uma pergunta inquieta ! Dia 31, sexta-feira, a decisão será pelo fim das figueiras ? Estaremos lá na Câmara de Vereadores às 19 horas, para ouvir o veredicto ... Esteja lá você também. Uma coisa é certa ! Absurdamente Joinville não tem, AINDA, na prática, um PLANEJAMENTO PROFISSIONAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA . Será que alguém ainda acha que somos uma aldeia ??? ...

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